Espaço verde é uma área de terreno onde estão presente espécies vegetais, num contexto urbano.
São exemplos de espaços verdes, os
parques, os jardins, as praças e logradouros ajardinados, as alamedas, certos cemitérios.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

o meu espaço verde - View my favorites on Flickriver

sexta-feira, 4 de maio de 2012

No Brasil - Audiência discute separação do paisagismo da arquitetura



Comunicado do CAU: Na próxima quinta-feira, dia 19/04, será realizada em Brasília uma audiência públicasobre o Projeto de Lei nº 2.043/2011, que regula o exercício da profissão de paisagista, desvinculando-a da arquitetura. 


A Lei nº 12.378, de 2010, que regulamenta a profissão de arquitetura e urbanismo e cria os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo, define as atividades e atribuições do arquiteto e urbanista. Um dos campos determinados é a Arquitetura Paisagística, que prevê a “(...) concepção e execução de projetos para espaços externos, livres e abertos, privados ou públicos, como parques e praças, considerados isoladamente ou em sistemas, dentro de várias escalas, inclusive a territorial”. 

No início de março, o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro, e a arquiteta Rosa Kliass, representante da ABAP, acompanhados pelo presidente do CAU/SP, Afonso Celso Bueno Monteiro, e pelo arquiteto Renato Rocha, de Goiás, reuniram-se com a deputada federal Flávia Morais (PDT-GO), relatora do Projeto de Lei n° 2.043/2011, para explanar as atribuições do arquiteto paisagista. 

Na prática, se a separação ocorrer, significa que para atuar como paisagista, o arquiteto deverá comprovar que é formado ou possui pós-graduação na área, ser apenas graduado em arquitetura e exercer a profissão de paisagista, não será mais permitido.




quarta-feira, 9 de novembro de 2011



If you are thinking about what to study at university or looking for a career change, if you care about the environment and the places where we live, work and play, this film aims to help you decide 'I want to be a landscape architect!'

Commissioned by the Landscape Institute for the website;
http://www.iwanttobealandscapearchitect.com/

sábado, 13 de agosto de 2011

green é verde | think green...

Relaxing in Cool Green Grass
foto via: http://www.flickr.com/photos/pinksherbet/5818367150/in/photostream


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Parque Pop-Up


Park Here, um parque instantâneo, um jardim pop-up. Durante o dia é cenário de aulas de yoga e pilates. À noite serve de palco à realização de eventos privados, aulas de arranjo floral, provas de vinho e chocolate, projecções de cinema. Fica na Openhouse Gallery, em Nova Iorque. Mais imagens no Flickr. Via Core77.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

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STRATEGY PUBLIC dá início a uma nova série no catálogo de livros de arquitectura da a+t. Apesar de deter algumas semelhanças com o estilo visual da anterior publicação desta editora, o manual de análise urbana intitulado THE PUBLIC CHANCE, este último livro aborda o tema das estratégias de projecto – a relação estreita entre as manifestações de arquitectura e o conjunto de objectivos que estão na base da sua conceptualização.
Kragh & Berglund, Plug’N’Play, Ørestad South, Copenhagen, Denmark, 2008.

É uma abordagem pouco usual considerando os padrões editoriais, mais convencionais, de investigação e análise de arquitectura. O projecto final é usualmente entendido como o ponto de partida para a busca de significado teórico. Aqui somos confrontados com um modelo de investigação diverso: o escrutínio das estratégias que antecedem o processo de desenho, procurando clarificar as carências, os propósitos e as metodologias seguidas, com vista a traduzir conceitos abstractos em soluções práticas.STRATEGY PUBLIC apresenta assim um vislumbre sobre aspectos pouco reflectidos na discussão crítica da arquitectura, tendo em conta os diversos planos de intervenção que com ela interferem: económico, social, ambiental. O primeiro passo nesta investigação é formulado sobre os objectivos e as considerações programáticas. São igualmente analisados os factores exteriores tais como as especificidades do sítio, preocupações de sustentabilidade, as particularidades dos utilizadores, as restrições orçamentais e, finalmente, o modo como todos eles se tornam determinantes no desenvolvimento da solução.
Kristine Jensens, Nicolai Cultural Centre Courtyard, Kolding, Denmark, 2007.
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Arteks, Perruquet Beach Park, Vila-Seca, Spain, 2009.
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Mais de 20 obras de arquitectura paisagista e design urbano estão representadas neste livro, sendo cada uma delas analisada em função das suas estratégias particulares e do resultado final. Trata-se do livro mais detalhado da a+t, contendo desenhos técnicos meticulosos e diagramas informativos que pormenorizam cada aspecto da sua construção.Em alguns projectos encontramos a necessidade de reinterpretar o território existente, adaptar superfícies, introduzir novos materiais ou explorar soluções de iluminação inventivas. Outros abordam a necessidade de conectar ou activar espaços intersticiais, introduzir novas funções e temas ou lidar com questões sensíveis como a gestão de percursos de drenagem pluvial ou de áreas de plantação. Estes podem variar desde operações ambiciosas, de larga escala, a projectos que lidam com questões mais prosaicas como cortes financeiros ou a necessidade de reutilizar materiais e estruturas existentes.A cuidadosa selecção e diversidade de exemplos é, afinal, aquilo que torna STRATEGY PUBLIC numa ferramenta de aprendizagem tão surpreendente, sendo também um valioso manual de recursos de design e metodologias de projectar, um livro que todos aqueles que trabalham sobre espaço público devem ter em consideração.
Michel Desvigne, Seguin Island Gardens, Paris, France, 2010.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

10 razões para contratar um Arquitecto Paisagista



1. Mais qualidade de vida
Segundo a Organização das Nações Unidas, é preciso pelo menos 16 m² de área verde por habitante para diminuir o stress urbano e ter qualidade de vida. O arquitecto-paisagista trará desse bem estar para a sua casa ou empresa.
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2. Contribuir para o meio ambiente
Apenas um exemplo: uma árvore de 15 ou 20 anos consegue absorver uma tonelada de CO². A função primordial do paisagismo é criar e valorizar áreas verdes.
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3. Economia
Investir num bom projeto de jardim pode representar no futuro menos dores de cabeça e gastos com desperdícios, manutenção, pavimentos estragados, infiltrações, em função de erros na especificação de plantas, preparação do solo, entre outros.
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4. Ideias criativas
O profissional pode não só atender os seus pedidos (e dizer se são viáveis), mas também sugerir idéias novas, as quais nem tinha imaginado.
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5. Excelente terapia
O contato com a natureza e a prática de jardinagem são ótimos recursos para desacelerar, descansar a mente e pensar em coisas boas.
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6. Melhor aproveitamento da área
O que antes era um canto abandonado numa casa pode se tornar um espaço a mais para desfrutar, basta criar um espaço que as pessoas terão mais vontade de ficar nele.
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7. Bonita por dentro e por fora
A área exterior é o cartão de visitas da sua casa. O que adianta investir para deixá-la bonita só por dentro?
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8. Menos stress e mais tempo
Por que preocupar-se em escolher e comprar plantas ou vasos? Um profissional sabe harmonizar todos esses elementos e conhece os melhores fornecedores da área, podendo ainda supervisioná-los.
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9. Impulsiona vendas
Na altura de vender, uma boa impressão conta muito. Um imóvel com paisagismo bem-feito é mais valorizado e é vendido mais rápido..
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10. Auxílio na construção
O arquitecto-paisagista pode participar desde a escolha do terreno e implantação da casa, analisando juntamente com o arquitecto a vegetação a ser preservada, a topografia do terreno e as modificações para a obra se implantar na envolvente.
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foto via: http://www.nucleoap.blogspot.com/

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Verdes são os tempos

Como uma subsecretaria de Estado se tornou no superministério do Ambiente que já deu um chefe de Governo e entrou na vida de todos nós.


Goncalo Ribeiro Telles fotografado no jardim Amalia Rodrigues no cimo do Parque Eduardo VII, em Lisboa.
Marcos Borga

Ambiente: a designação figura em todos os governos provisórios pós-25 de Abril. "Mas qual o ambiente de uma pessoa cheia de fome?", questiona, mais de 30 anos depois, Gonçalo Ribeiro Telles, que dirigiu a subsecretaria de Estado do sector, em cinco daqueles seis executivos. Como ordenar o território quando na actualidade estavam as ocupações de terras? Onde se enquadrava um arquitecto paisagista num poder de militares? Como se metia o conceito de paisagem na discussão ideológica? Em que ficava a qualidade de vida perante meio milhão de retornados por alojar? Perguntas, perguntas... e um homem que, no caos, falava de paisagem com o mesmo vigor com que denunciara, ainda durante o Estado Novo, a construção sobre leito de cheias como causa da morte, em 1967, de 500 pessoas numas inundações que foram uma das maiores catástrofes ambientais de sempre, em Lisboa... E fazendo uma revolução, à sua maneira: "Lá porque, no País, se andava ao estalo uns com os outros, isso não quer dizer que não existisse País." Esse homem era Ribeiro Telles, desde logo titular do Ambiente, num Portugal governado, de forma efémera, por figuras como Palma Carlos, Vasco Gonçalves e Pinheiro de Azevedo, e o seu trabalho supervisionado por um ministro militar.

A partir de certo momento, o coronel José Augusto Fernandes começou a levar o arquitecto aos conselhos de ministros, para que lhe soprasse ao ouvido as posições que deveria tomar sobre Ambiente. Já Pinheiro de Azevedo queria saber tudo o que saía do gabinete de Ribeiro Telles, tudo mesmo "até comunicações sobre anilhamento de aves..." Passaram-se "nove longos anos", lembra, "para que o Ambiente se visse representado ao mais alto nível da governação", resgatado ao... Ministério das Obras Públicas.

Estávamos em Junho de 1983 e, naqueles dias finais da AD, de Pinto Balsemão, saiu um documento que faria história: a lei orgânica do Ministério da Qualidade de Vida, precursor do que viria a ser o superministério do Ambiente. Para trás, Ribeiro Telles definira áreas protegidas, criara as redes ecológica e agrícola nacionais, promovera os planos regionais de ordenamento "um trabalho de fundo" que entrou "em choque com os princípios tradicionais da acção governativa", recordou, no texto de despedida do VIII Governo Constitucional, Uma Política ao Serviço do Homem, da Vida e da Terra.

Mas que, por outro lado, não encontrava resistência em interesses económicos que só se manifestariam mais tarde. E, então, com tanta força que o arquitecto, aos 85 anos, continua a falar do mesmo de sempre: "Despovoamento, ausência de trabalho em actividades essenciais como a agricultura, a promiscuidade nas cidades, a falta de condições de vida..." Em suma, a paisagem descodificada. "Paisagem", esclarece, "quer dizer agir no País."


NUCLEAR, NÃO OBRIGADO
Ribeiro Telles há-de ficar para a História como "o pai" da política de ambiente em Portugal, como o define Carlos Pimenta, um dos seus mais célebres sucessores. Uma política que foi, por cá, pouco mais do que nada até à Revolução de Abril. Quando chegou, em 1983, a secretário de Estado do Ambiente, em pleno Bloco Central, Carlos Pimenta encontrou um panorama que continuava desolador. "A única lei sobre esgotos", exemplifica, "era da I República fábricas, cidades, agropecuárias... toda a gente descarregava livremente para as lagoas e para o mar." O País, prossegue, "estava coberto de lixeiras", o orçamento do seu gabinete não chegava a 200 mil contos (um milhão de euros) e o lóbi do nuclear voltava a atacar.

Já nos anos 70, os primeiros movimentos ecológicos nacionais tinham juntado as suas vozes ao grito de Ferrel, concelho de Peniche, contra a instalação de uma unidade nuclear. Mas o lóbi não tinha desistido e Veiga Simão, ministro da Indústria do Bloco Central, incluíra a opção no Plano Energético Nacional. E, no mesmo Executivo, Carlos Pimenta, António Capucho e um outro titular da Qualidade de Vida de boa memória, Francisco Sousa Tavares, opuseram-se com sucesso, em dois conselhos de ministros em 1984, à proposta de quatro centrais. "Só por termos conseguido pará-las já valeu a pena ter estado no Governo", diz hoje Pimenta.

Em 1983 não só o Ambiente se consolidou nos elencos governativos, como da Alemanha chegaram as ondas de choque dos 5% obtidos em eleições gerais pelo partido Die Günen (Verdes), com o seu discurso antinuclear "antes vermelhos do que mortos", oportunamente aproveitado por cá pelo PCP para criar o Partido Ecologista "Os Verdes".

Ao mesmo tempo, o Ambiente ia ganhando fãs no próprio hemiciclo. Mesmo quando a Assembleia se preparava para derrubar o primeiro Governo de Cavaco Silva, a lei de bases do Ambiente passou sem espinhas, e o orçamento da Secretaria de Estado ultrapassou os 2 milhões de contos, mais até do que era pedido. Desses tempos, de certo modo revolucionários, Pimenta recorda a demolição de 2 mil casas em domínio público marítimo e florestal (Portinho da Arrábida, Fonte da Telha, ria Formosa...), desalojando o próprio presidente da Câmara de Tavira ou o governador civil de Faro. Devagar ou à bruta, todos iam percebendo que o ambiente não era "uma coisa marginal e esotérica", que só interessava às elites. De lá para cá, todos pressentem que se trata de "uma coisa global ". Já não é só o lince e a serra da Malcata... Se, em meados dos anos 80, Carlos Pimenta e sua equipa passavam o cabo dos trabalhos com a adopção de mais de 200 regimes directivos comunitários sobre ambiente, também é verdade que a pressão cívica ameaçava crescer.


O DESPERTAR ECOLÓGICO
Viriato Soromenho-Marques, um docente universitário que foi presidente da Quercus e hoje é conselheiro de Durão Barroso, na Comissão Europeia, para questões ecológicas, lembra que, quando se trata de ambiente, "também falamos de movimentos sociais". Movimentos esses sem expressão durante o período de ditadura. Apesar disso, em 1948, o SOS do poeta Sebastião da Gama sobre a ameaça de destruição da Mata do Solitário, na Arrábida, deu origem à Liga para a Protecção da Natureza, hoje uma das importantes organizações não-governamentais de ambiente (ONGA) do País.

Já se tinham passado cem anos sobre a urban ecology que, em meados do século XIX, alertava, no Reino Unido, para a poluição da Revolução Industrial. E foram precisos 150 anos para que surgissem embriões de associações ambientalistas, reunidas na Foz do Arelho, em 1983, e em Tróia, no ano seguinte, e mais ainda para que se tornassem ONGA credíveis, rejeitando o mero protesto, vincado em 1976 num texto do Movimento Ecológico Português: "Não compete ao militante ecológico arranjar soluções para o sistema que ele a priori e radicalmente rejeita." Viriato Soromenho-Marques recorda a presença, no encontro de Tróia, de um eurodeputado alemão que identificou, na altura, seis tendências nas organizações portuguesas. Entretanto, desapareceram todas. Com efeito, em 1985, a Quercus nasce com forte vocação para a conservação da Natureza.

A designação (nome científico de um carvalho) e o símbolo (uma folha e uma bolota da mesma árvore) davam o mote. Operações como a que juntou esta ONGA à Greenpeace, na ocupação de um navio encalhado, ao largo de Gaia, para que este fosse desmantelado em terra e não afundado no mar, anunciavam intervenções espectaculares. Confrontações com a GNR em Valpaços, contra a eucaliptização do território, seriam a primeira acção directa de ambiente, em Portugal, 18 anos antes da autodesignada Verde Eufémia arrasar um hectare de milho transgénico, em Silves, com toda a diferença que separa, em duas décadas, a percepção de um alerta nacional de um caso de polícia.

Hoje a Quercus "dá uma no cravo, outra na ferradura", afirma o seu presidente, Hélder Spínola, sobre a dupla estratégia de denúncia e colaboração com as autoridades. "Ninguém nos pode acusar de não dar um contributo ao País." A associação dotou-se de meios técnicos, científicos e jurídicos, e tornou-se interlocutora do poder, tanto a nível central como local, na elaboração, por exemplo, de PDM. Mas se o ambiente é agora "uma preocupação transversal", na sociedade e na política, à esquerda e à direita, e nas próprias empresas, como refere aquele dirigente associativo, "continua a existir o reverso disto tudo que é a dificuldade de se passar da teoria à prática". Resíduos, eficiência energética, tratamento de águas, ordenamento... "Temos as regras, mas também as excepções", nota Spínola. Como os Projectos de Potencial Interesse Nacional (PIN), criados por José Sócrates, que fazem tábua rasa de todas as normas de protecção da paisagem e do território.


DESENVOLVIMENTO À DERIVA
O que impressiona no crescimento de ONGA como a Quercus, observa Viriato Soromenho-Marques, é que elas se impuseram sem sustentação na base: apenas 14 mil filiados em 20 anos. Se, nos anos 90, existiam, em Portugal, dois militantes ecologistas por mil pessoas, esse valor na Holanda ascendia a cento e noventa. E, no entanto, o poder percebeu que tinha de dialogar com as formas de sociedade civil na área do ambiente, ainda que estas fossem (e são) frágeis pontas de um icebergue que se mantém invisível.

Entretanto, a economia crescia e o País transfigurava-se. Em 1992, a Cimeira de Ambiente da ONU, no Rio de Janeiro, marcou um ponto de viragem no pensamento de figuras como Mário Soares que, depois, foi consequente com uma nova atitude, nas suas presidências abertas, que eram também um aviso ao desenvolvimento cavaquista, na forma de concentração nas grandes cidades e auto-estradas abertas para um Interior cada vez mais despovoado. E tudo isto sucedia em paralelo com a adopção de um rol sem fim de directivas ecológicas comunitárias.

Trinta anos depois, Ribeiro Telles continua a pregar a importância da paisagem, sem que, aparentemente, os decisores "nem sequer os ambientalistas, dentro de uma ideia utópica de uma Natureza intocável" percebam o benefício de que ele está a falar face a outros males: "A florestação em monocultura como causadora da destruição dos sistemas agrícolas comunitários, o despovoamento e uma certa ideia economicista de curto-prazo", que, em última análise, levará "a um problema de segurança alimentar".

Ao fim deste tempo, ainda não se montou uma estrutura de gestão dos rios, "o que é gravíssimo", frisa Carlos Pimenta. E assentou-se um modelo de transporte no automóvel, que conduz a "um sistema distorcido em que o consumo de energia para transportar um passageiro ou uma tonelada de mercadoria é o dobro da média europeia".

Nos governos de maioria absoluta de Cavaco Silva, nos anos de guterrismo, em que se inclui José Sócrates, um ministro do Ambiente que daria um chefe de Governo, a pasta foi dançando entre múltiplos perfis e políticas pouco claras. Ali se experimentaram técnicos, docentes universitários, mas também autarcas e pesos-médios partidários.

Ali se estreou um ministro do CDS, Nobre Guedes, quando a direita percebeu que estava a perder o comboio e os ventos que os seus pares europeus (Merkel, Sarkozy, Cameron) sopravam para uma refundação ideológica.

Até o Bloco de Esquerda, sem pergaminhos ecológicos no seu ideário, assumiu esta nova bandeira, que hoje interfere, transversalmente, com todos os domínios da vida pública e privada. Nas próprias empresas: na fiscalidade, no consumo, no lucro... Mas os efeitos práticos desta atenção em crescendo foram difusos, em termos governativos: "A pasta do Ambiente sofreu várias denominações e múltiplos ziguezagues e oscilações", diz Viriato Soromenho Marques, "que traduzem a falta de consenso estratégico entre as principais forças políticas nacionais".

As alterações climáticas e o efeito Al Gore deram uma nova dimensão às questões do ambiente e abriram um novo ciclo, após os anos de trevas da administração Bush. O preço do barril de petróleo enlouqueceu, tornando a energia num tema da vida de todos nós.

Os portugueses começaram a reciclar, a valorizar os chamados assuntos verdes, adoptando-os lentamente nas suas rotinas. Embora nada disto impressione por aí além Ribeiro Telles: "Não é relevante." Não é? "Não, como não é relevante alguém dizer que tem casa de banho em casa. Relevante era se não tivesse." Ele está noutra, como sempre esteve: "Relevante é não se aproveitar a água das chuvas para regadio e lavagem de ruas, em vez de se usar água potável..." Mais coisas relevantes: "Só poderemos preparar Portugal para os caminhos do futuro quando a diversidade se impuser à massifi cação, a objectividade à manipulação, a perenidade ao esbanjamento, racionalização e humanização da economia à alienação consumista." Esta tirada tem 24 anos e continua de uma actualidade tremenda: "Quando enfim a qualidade de vida se impuser à degradação da existência."

Henrique Botequilha (texto),
Publicado na edição especial Visão Verde de 25 de Outubro de 2007

Árvores emblemáticas de Portugal

Mais de 350 árvores e arbustos distribuem-se pelo ecossistema português, ocupando cerca de 27% do território.
Desempenham importantes serviços ecossitémicos, como a produção de alimento, cortiça, sequestro de carbono, proteção do solo, regulação do ciclo da água, recreio e lazer

Infografia Interativa em Visão Verde
texto e foto via: http://aeiou.visao.pt/arvores-emblematicas-de-portugal=f580832

domingo, 14 de novembro de 2010


“PAISAGEM E TERRITÓRIO. Temáticas e políticas convergentes.”

...as minhas reflexões, ideias e palavras retiradas deste congresso...

.Não herdamos a paisagem dos nossos antepassados, pedimo-la emprestada aos nossos filhos. Nigel Thorne (EFLA)
.O eucalipto foi introduzido na Europa no largo de uma igreja em Itália, para secar um pântano. João Reis Gomes
.Paisagem - informação sensorial que o ser humano retira do território.
Paulo Farinha Marques
.Qualquer coisa que façamos, vida é movimento.
Eduardo Oliveira Fernandes
.Carne, leite e frescos são elementos que pertencem à nossa paisagem.
Gonçalo Ribeiro Telles

domingo, 24 de outubro de 2010

Moçambique é já ali ...


As águas claras e transparentes de Bazaruto, em Moçambique, fizeram desse destino um dos principais cartões-postais desse país que abriu suas portas para o sector turístico há pouco mais de uma década ...

domingo, 10 de outubro de 2010

música que me acompanha



'O conhecido e original bar de Ibiza, "CAFÈ DEL MAR", é quase local obrigatorio de passagem a todos os que por aquela terra se deslocam.
Famosíssimo por todo o mundo atravéz da sua música, cria pelo menos um album novo em cada ano, apresentando assim novas propostas de som e novos artistas musicais. '

é sem dúvida a minha música de eleição para todos os momentos...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

green é verde | think green...


O verde é uma cor-luz primária e uma cor-pigmento secundária composta pelo ciano e amarelo. Está aproximadamente na faixa de freqüência 550 nm do espectro de cores visíveis.
Verde também representa a luta no mundo de movimentos de proteção ao meio-ambiente.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Jardins Terapêuticos


texto e foto via: http://indigobleuwings.blogspot.com/2010/01/jterapeuticos.html

Cresce no mundo a tendência de criar espaços idealizados especialmente para ajudar na recuperação de doenças.
Os jardins sempre foram um espaço de bálsamo para a alma. É impossível não se acalmar diante do visual das plantas, do aroma das flores. Agora, essas características começam a ser usadas em favor de pessoas doentes ou das que apenas estão em busca de um momento tranquilo. Nos Estados Unidos e na Europa, cresce a tendência de criação dos chamados jardins terapêuticos. Eles são construídos ao ar livre ou em átrios e solários dos hospitais e em locais públicos, para serem frequentados pela população em geral. Não se trata, porém, de um jardim comum. Há características especiais que devem ser respeitadas para que ele de fato seja terapêutico. O primeiro cuidado é com a segurança.


Os pisos são antiderrapantes e as ruas, largas, com espaço para caminhar. Também são previstos pontos para descanso ou meditação. Se eles estiverem perto de uma fonte ou outro lugar de água corrente, melhor ainda. Outro diferencial é a escolha dos elementos que o compõem: há uma mistura de plantas medicinais, aromáticas e ornamentais. As medicinais são usadas simbolicamente e as demais porque também liberam aromas agradáveis, além de atraírem pássaros e borboletas. A ideia é desenhar um ambiente capaz de despertar os sentidos. Por isso, a cheirosa lavanda, as medicinais equinácea e erva-cidreira, e os cactos ornamentais estão entre as plantas mais usadas. Combinados com o canto dos pássaros e o barulho da água corrente, despertam a visão, a audição e o olfato, provocando o que os especialistas chamam de distração positiva. A ideia de criação dessas áreas surgiu da observação de que a saúde física e mental é influenciada por aspectos do ambiente físico, como sua luz natural, espaço ou som. “Quando olhamos para uma cena agradável, nossos sentidos são envolvidos positivamente”, disse à ISTOÉ Naomi Sachs, da empresa americana Landscapes Therapeutic, uma das companhias especializadas no desenvolvimento dessas áreas.

“Isso provoca a liberação de endorfinas, substâncias que promovem bem-estar.” Alguns trabalhos atestam o resultado da iniciativa. Um deles, feito no San Diego Children’s Hospital, nos EUA, mostrou que o jardim da instituição ajudou a diminuir o tempo de internação das crianças e melhorou a relação entre os pais, os pacientes e os funcionários. Em outro, realizado com portadores de dor, os cientistas verificaram que a distração obtida enquanto eles ficavam em um desses espaços causou relaxamento e reduziu sintomas. Também há exemplos em relação ao mal de Alzheimer. Uma pesquisa feita em 24 hospitais públicos e privados da Califórnia (EUA) revelou que os pacientes com melhor qualidade de vida eram os internados em instituições que dispunham de jardins desse tipo. “A combinação equilibrada de terapias farmacológicas, comportamentais e ambientais é eficaz para melhorar a saúde dos doentes”, concluíram os pesquisadores. Os benefícios ocorrem ainda em outros níveis.Em um bairro violento da cidade de São Francisco, também na Califórnia, um desses jardins tem contribuído para baixar os índices de violência e melhorar um pouco a rotina dos moradores.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Guimarães _ capital europeia em 2012

porque o jardim pode estar associado a uma forma de expressão artística, uma manifestação cultural...
Guimarães vai ser capital europeia em 2012






Jardim é um termo universal que adquire conceitos ao longo do tempo e em diferentes culturas como parte do conjunto de espaços livres ou abertos, incluindo tanto os públicos como os privados. E por constituir um termo universal, sua compreensão extrapola territórios na intenção de alcançar sua origem, seu conteúdo filosófico. A essência do jardim parece significar um gesto na paisagem como algo inerente ao convívio do
homem com a sociedade em resposta aos seus impulsos. É nessa compreensão que a expressão humana se aproxima mais da arte e da poesia e atinge o conteúdo do paisagismo, em outras palavras, “a arte de fazer jardins”

'Mescla a arte do pintor e a concepção do espaço urbano e natural, tendo a planta, o vegetal, como o objeto principal do projeto. A planta agrega forma, cor, estrutura, mutação, ritmo, tempo e espaço – caracterizando o “plano dos seres estéticos” '(ROBERTO BURLE MARX, 1998)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Getting Started

Guia para a criação de jardins escolares como salas de aula ao ar livre



Getting Started is a 51-page guide designed and published by the Center for Ecoliteracy in collaboration with Life Lab Science Program, a national leader in garden-based education.


Among the topics in this book:

Nurturing a child's curiosity
Connecting the garden to the classroom
Selecting and preparing a garden site
Understanding nature's cycles
Identifying the responsibilities of the garden coordinator
Involving the community

The California Department of Education, in collaboration with the Center for Ecoliteracy, has distributed more than 25,000 print copies of Getting Started: A Guide for Creating School Gardens as Outdoor Classrooms.

Download your copy of Getting Started here. (1.7 mb)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Guia de Arborização Urbana e Manual Técnico de Arborização Urbana

Guia de Arborização Urbana

A Companhia Paulista de Força e Luz produziu 5 mil exemplares da Publicação: “Arborização Urbana Viária – Aspectos de planejamento”, implantação e manejo.
A edição é direcionada às prefeituras, empresas prestadoras de serviços públicos e profissionais do setor elétrico e meio ambiente. O Guia ajudará no equilíbrio entre árvores e rede elétrica.
A Publicação contém 110 páginas e o objetivo é melhorar o planejamento urbano viário, com indicações de espécies de árvores adequadas para diferentes situações, como canteiros de avenidas, passeios públicos, praças e jardins de residências.

O material é disponibilizado gratuitamente para as prefeituras das cidades da base de atuação da CPFL Paulista. Quem quiser conhecer o material pode acessá-lo através do endereço eletrônico: www.cpfl.com.br

Segundo o coordenador do guia,Rodolfo Nardez Sirol, o livro é uma ferramenta importante para todo administrador público, porque evita que os galhos atinjam a rede elétrica e provoquem desligamentos de energia ou que as raízes destruam o calçamento e eventuais redes. A CPFL se coloca à disposição das prefeituras para fazer a doação de espécies adequadas de árvores para o plantio em área urbana. Essas mudas são cultivadas nos dois viveiros da empresa.



Clique aqui para fazer o download do Guia de Arborização Urbana
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Manual Técnico de Arborização Urbana
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Uma boa arborização é essencial à qualidade de vida em qualquer cidade. Este manual traz normas técnicas para promover a implantação da arborização em espaços público, prevenindo assim as distorções causadas pela falta de planejamento. Uma publicação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SP) e da Secretaria das Subprefeitura.



Clique aqui para baixar

Telhados Verdes




Já bastante populares em países escandinavos, os "telhados verdes" com uma longa história também na Alemanha, aos poucos estão conquistando adeptos na América Latina, a exemplo do Mexico, onde a implantação de jardins nos telhados das edificações têm despertado interesse e aceitação.

Além do México, onde o governo estuda a criação de leis que regulamentam a “naturação” em grande escala" “os telhados verdes” começam a surgir também na Bolívia e em Cuba, onde pesquisadores buscam soluções para as condições tropicais que lhe são inerentes, em espaços urbanos densamente habitados.

Na Universidade Humboldt de Berlim, com financiamento da União Européia, foi criada uma rede de cooperação entre instituições acadêmicas envolvendo pesquisadores de universidades da Alemanha, Brasil, Espanha, Grécia, Bolívia, Cuba, México e Equador.
voltada para a pesquisa sobre o melhor tipo de vegetação a ser utilizado em cada "telhado verde" onde através de experimentos práticos os especialistas dessas universidades trocam informações constantes.



A idéia é transformar os "telhados verdes" em pequenos pulmões das grandes cidades criando corredores que facilitem a circulação atmosférica, melhore o microclima, reduza o consumo de energia, provoque um decréscimo no uso do ar condicionado em regiões quentes e isolem o frio em regiões com invernos rigorosos, já que sob um telhado coberto de vegetação, as baixas temperaturas demoram mais para chegar aos espaços internos, um problema de pouca importância para o Brasil, mas essencial para países europeus e regiões montanhosas do México e Bolívia.

Outro aspecto interessante é que nas regiões de chuva intensa, as áreas naturadas podem reter de 15% a 70% do volume de águas pluviais, prevenindo a ocorrência de enchentes.
Estudos demonstram que para uma cobertura verde leve de 100m2, cerca de 1400 litros de água de chuva deixam de ser enviados para a rede pública. Multiplique este valor pela soma de todas as coberturas de uma grande cidade e veja a contribuição para a redução desse problema.



Os telhados verdes reduzem também os efeitos danosos dos raios ultravioletas, os extremos de temperatura e os efeitos do vento, vez que nesses telhados.a temperatura não passa de 25º C contra 60º C dos telhados convencionais.

Em termos de custos os dos telhados verdes variam entre 80 e 150 dólares o m2, ou seja de um terço à metade do custo das estruturas convencionais.
Existem dois tipos de telhados verdes: os intensivos basicamente parques elevados que conseguem sustentar arbustos, árvores, passagens, bancos, etc., e os extensivos que são criados por seus benefícios ambientais mas não funcionam como jardins de cobertura acessíveis.

O telhado verde mais famoso dos EUA é o do City Hall de Chicago que reúne sistemas intensivos, extensivos e intermediários e os mais antigos e conhecidos do mundo são os famosos Jardins Suspensos da Babilônia.




City Hall de Chicago
via:
http://obviousmag.org/

terça-feira, 6 de julho de 2010

Parques Urbanos



Ondas de verde em plena cidade

Os espaços verdes, em particular os parques e jardins, marcaram desde sempre a paisagem das cidades, disseminando-se na malha urbana como locais aprazíveis para o descanso e lazer, num reencontro com a natureza. Nos últimos anos os projectos e implementação dos parques urbanos têm-se difundido por todo o país. Aleatoriamente, escolhemos alguns dos muitos locais públicos onde pode usufruir do “verde” da maneira que bem entender.


Parque Urbano
O parque urbano é um equipamento social estruturante do tecido urbano, fundamental para a melhoria da qualidade de vida das populações e do ambiente das cidades.
Normalmente traduzem-se em extensões de dezenas de hectares de “verde” no coração da cidade, que garantem a continuidade dos ecossistemas naturais, a regularização microclimática, a purificação da atmosférica e a protecção e valorização da água e dos solos.
São lugares acessíveis e aprazíveis para o apoio a actividades de recreio e lazer, com uma estrutura funcional que dá liberdade de movimentação aos utentes por toda a área disponível, sem restrições aos arruamentos e às áreas pavimentadas.
No parque, à excepção dos caminhos, nenhum dos espaços fica cativo de uma utilização definida, o parque não se deixa perceber, ele não tem nenhuma finalidade expressa mas revela, no conjunto e em cada sítio, a ideia de um “espaço livre” (Pardal, 1997), que se presta a uma utilização menos condicionada, a comportamentos espontâneos e a uma estada descontraída por parte da população utente. (Lynch, 1990).

Parque da Cidade – Porto
foto: http://dias-com-arvores.blogspot.com

O Parque da Cidade é o maior parque urbano do país e uma das “100 obras mais notáveis construídas do século XX em Portugal” (Ordem dos Engenheiros, 2000). Localiza-se na zona ocidental da cidade do Porto, numa peculiar parcela de terreno, inserida numa paisagem composta por áreas ecológicas diferenciadas, que integram a praia, o tecido urbano, e algumas parcelas rurais. São 83 hectares de áreas verdes naturalizadas que se estendem até à orla marítima, um detalhe invulgar para um parque público ao nível mundial.
Beneficiando de óptima acessibilidade através de dois dos principais eixos da cidade, a avenida da Boavista e a Estrada da Circunvalação, bem como da praia e zona marginal, o parque é utilizado por um grande número de visitantes em todas as épocas do ano.

Projectado pelo arquitecto Sidónio Pardal, a construção do parque teve início em 1990, sendo inaugurada a primeira fase em 1993, a segunda em 1998 e a terceira, e última, em 2002, com a construção da frente marítima.
Na sua concepção paisagística foram utilizadas muitas das técnicas tradicionais da construção rural, onde a pedra proveniente de demolições predomina nos muros, estadias, charcos drenantes para a retenção de águas das chuvas, descarregadores de superfície dos lagos, tanques, abrigos, bordaduras de caminhos e pavimentos. Tudo o resto é um curioso exercício de modelação da paisagem onde um rico e diversificado conjunto vegetal desempenha vários papéis como o de barreira de isolamento acústico e visual nas bordaduras do parque, regulação do microclima na frente marítima, sombra, protecção e estabilização das margens dos lagos, criação de efeito surpresa ao longo dos caminhos, entre outros. São 74 espécies arbóreas, 42 espécies arbustivas, 15 espécies de árvores de fruto e 10 espécies aquáticas, num total de várias dezenas de milhares de exemplares. A modelação do espaço permitiu ainda melhorar todo o sistema de drenagem resultando numa maior infiltração da água no solo e na criação dos lagos.
Ao longo do Parque da Cidade é possível caminhar, correr ou pedalar por uma longa rede de caminhos (cerca de 10 km) intervalados por diversas estadias integradas na vegetação envolvente, as quais são locais isolados de contemplação ou de descanso em contacto directo com os relvados e áreas arborizadas. Vaguear pelo parque permite ainda observar vários animais que se fixaram de forma natural, como patos bravos, cisnes, gansos, galinhas de água, peixes, sapos, rãs, coelhos, repteis, etc., ou outros que o aproveitam como local de descanso durante o percurso migratório, entre os quais a garça.
No que respeita aos espaços com utilização pré-definida, destacam-se o Pavilhão da Água, que esteve em exposição na Expo`98; o Núcleo Rural de Aldoar (resultado do restauro e recuperação de quatro quintas rurais), onde existe um restaurante, um salão de chá com esplanada, um picadeiro de póneis e um centro de educação ambiental; e a Quinta 66, que possui várias lojas de comércio justo, artesanato e agricultura biológica.

Fazer um piquenique, jogar à bola, namorar ou tão simplesmente aproveitar o sol deitado na relva, são outras das “mil e uma” formas de aproveitar e desfrutar do Parque da Cidade.

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O parque introduz na cidade uma dimensão paisagística

Parque é a antítese de jardim. O jardim é um espaço doméstico, é um complemento da casa, que é um refúgio e um local onde nos protegemos de um exterior selvagem e hostil. Natureza ou “paisagem” são conceitos puros. Não estão relacionados com o mundo exterior, é um mundo imaginário, tal como o conceito kantiano das ideias puras que remete para o imaginário de um paraíso. Um parque tem como referência essa ideia de natureza acolhedora e paradisíaca, antagónica ao espaço selvagem. Mas também não é o espaço doméstico. O jardim está confinado à escala da casa, enquanto que o parque se pode extrapolar para o mundo. É criar dentro da cidade, uma paisagem que ela não tem. A cidade é um lugar com espaços extremamente funcionais, que servem para as necessidades quotidianas. Todo o espaço está organizado e codificado e, nesse sentido, a cidade é um local que resulta de uma arquitectura funcional. Tem uma imagem arquitectónica mas não tem uma paisagem. Este parque introduz na cidade uma dimensão paisagística, que até aqui não tinha.


O Parque não tem uma função própria

Um parque deve ser um espaço descodificado, ele não tem uma função própria. E um dos problemas dos parques é quando não se percebe essa dimensão. O importante é o seu despojamento, a entrega como espaço livre, sem nenhuma actividade que condicione as pessoas, a tal ponto que é normal ver uma pessoa deitada ao sol em fato de banho, a correr ou jogar à bola, a ler ou simplesmente passear com uma toilette de cerimónia.

Sidónio Pardal

Ciclo de Conferências Futuro Verde - Biodiversidade e Gestão de Áreas Protegidas



Local:
Espaço BES Arte&Finança, Lisboa

Organização:
Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), como o apoio do BES

Descrição:
No Ano Internacional da Biodiversidade, a gestão de áreas protegidas tem um papel preponderante não só na conservação da natureza, mas também no ordenamento do território.

Neste âmbito, e no seguimento do programa do Ciclo de Conferências Futuro Verde, foram convidados os especialistas:

Gérard Collin - Perito internacional, professor em Montpellier e antigo gestor do Parque Nacional de Cévennes (França).
Carlo Bifulco - Especialista internacional em projectos de conservação da natureza e antigo gestor dos Parques Nacionais do Vesúvio e de Aspromonte (Itália).
Angél Rodriguez - Director do Parque Nacional de Monfrague, um dos parques mais visitados de Espanha, também referenciado pelos trabalhos de recuperação da natureza.

Entrada livre

Programa:
10h30 – Abertura
11h00 – Gerard Collin
11h30 – Carlo Bifulco
12h00 – Angel Rodrigues

Contactos:
ICNB
Elsa Fonseca
Telefone: 213507900
E-mail:
fonsecae@icnb.pt
BES
Teresa Chan
Telefone: 213508993
E-mail:
tchan@bes.pt
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O mundial que tentou de tudo para ser mais “verde”



Com todas as preparações que organizar um mundial exige, a relva em África do Sul ainda é verde?

De acordo com um estudo realizado pela Embaixada da Noruega e pelo Governo sul-africano, a resposta é não. O Campeonato do Mundo de Futebol 2010 será responsável por emitir 2.753.251 toneladas de CO2 – o equivalente a um milhão de carros a circular ao longo de um ano. O pior é quando vemos este resultado ambiental comparado com o do último campeonato do mundo: oito vezes pior do que o Alemanha 2006.

O principal responsável por este 8 a 0 ambiental conseguido pela Alemanha são as viagem dos adeptos e comitivas até ao continente africano (1,8 milhões de toneladas de CO2), aliado às deslocações entre as principais cidades de África do Sul (17,6 por cento do valor total de emissões), que se fazem de autocarro e carro, sem que haja uma opção sustentável, como comboio. Para além disso, 15.390 toneladas de CO2 foram libertados durante a construção das infra-estruturas de apoio aos jogos.

Foram estes os números que fizeram soar as vuvuzelas – culpem a Galp pelo flagelo - nas consciências ambientais. O Governo sul-africano associou-se então ao Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP, na sigla inglesa) e ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, num esforço para compensar o que já se sabia que ia ser feito.

A primeira medida foi começar a plantar centenas de milhares de árvores em áreas urbanas de todo o país (em Joanesburgo foram 40 mil antes do pontapé de saída) e depois criar um Green Passport, que permitia aos viajantes compensar a sua pegada de carbono. Em seis (Pretoria, Joanesburgo, Port Elizabeth, Polokwane, Rustenburgo e Bloemfontein) das nove cidades que recebem o mundial da bola, foram também instalados painéis solares para alimentar semáforos e cartazes luminosos – que irão reduzir 244 toneladas de CO2 ao ano.

Além disso, pequenas (e curiosas) alterações foram-se espalhando pelo país africano: urinóis sem água, sistemas de rega que utilizam unicamente água não-potável, copos reutilizáveis (uma espécie de plástico castanho) e o uso limitado de embalagens de comida.

As arenas ambientais

Para haver cadeiras e relva para os adeptos verem a bola também se emitem muitos gases com efeito de estufa e por isso a África do Sul tentou que a utilização dos estádios fosse o mais sustentável possível. Os recintos onde roda a Jabulani (bola oficial do torneio) têm ventilação natural, sistemas de recuperação de água da chuva e são eficientes energeticamente.

A coordenadora do programa ambiental de Durban, Nicci Diederichs, garantiu, ao The Telegraph, que o sistema de créditos de carbono adoptado (produzir electricidade através de turbinas hidráulicas) demorará dois anos e meio a compensar o CO2 emitido naquela cidade. Na construção, o ambiente também foi tido em conta. “O nosso foco principal foi o design ecológico, que potencia a ventilação e a iluminação natural. A intenção é evitar o uso de luz eléctrica e do ar condicionado em Durban, que é extremamente quente”, referiu a coordenadora.
Apesar das árvores, urinóis e estádios sustentáveis, ainda há quem não esteja satisfeito. “Definir exactamente quantas árvores precisamos de plantar para compensar o carbono é enganador. É necessário saber de que tipo de árvores estamos a falar e quanto tempo vão ficar plantadas”, escreveu a jornalista e ambientalista Leonie Joubert na revista Virgin Money.

No final do ano será feito um estudo para analisar, de todas as invenções ambientais, o que funcionou e o que não.

via:
http://www.planetazul.pt

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Seminário Técnico "Regeneração Urbana Sustentável"



Seminário Técnico "Regeneração Urbana Sustentável" dia 16 de Julho de 2010 no Auditório Municipal da Casa da Música em Óbidos
Todos os participantes do Seminário Técnico sobre Regeneração Urbana Sustentável terão acesso ao Mercado Medieval de Óbidos. A partir das 18h00 de dia 16 de Julho poderá assistir ao Cortejo Medieval, que decorre depois do encerramento do Seminário.
via:
http://www.apea.pt

segunda-feira, 21 de junho de 2010

5ª Expo Conferência da Água



5ª expo conferência da água
Data: 2010-10-19
Hora: 09:00
Local: Lisboa
5ª expo conferência da água
Potenciar a cadeia de valor da água
Assegurar o futuro do sector em Portugal
Datas: 19, 20 e 21 Outubro
Local: Lisboa
Informações, inscrições e parcerias: conferencias@about.pt
Tel: 21 880 61 36
www.expoagua2010.about.pt

Curso de Fotografia em Exteriores



CURSO DE FOTOGRAFIA EM EXTERIORES
Data: 2010-07-05
Local: Lisboa
5 a 9 de Julho de 2010

Formador: António Sacchetti
Organização: Jornal Arquitecturas
Contactos, Inscrições e informações

Tel: 21 884 41 42
Fax: 21 880 61 37
arquitecturas@about.pt

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Novos espaços públicos - Jardins de oliveiras móveis


É em Lisboa, na zona do Terreiro do Paço que se encontram estes coloridos “jardins” da autoria do artista plástico Leonel Moura. Cada “jardim” é composto por uma estrutura, com formato semi-esférico e rodas na base, na qual há canteiros de oliveiras e de arbustos e um espaço de assento. O objectivo é proporcionar às pessoas um banco e uma sombra “verde” portátil para desfrutar do rio e da paisagem ou para apenas descansar depois de uma caminhada pela cidade. O conceito portátil permite não só a sua fácil colocação em diferentes locais das ruas e praças, mas também a possibilidade de juntar os “jardins” para que duas ou mais pessoas partilhem o momento, conversem ou tenham mais sombra.
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via: planeta azul

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Jornadas de Informação Geográfica da Ordem dos Engenheiros (Região Norte)


dia 14 de Julho, no anfiteatro Professor João Bessa Sousa da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

O Colégio de Engenharia Geográfica da Região Norte, da Ordem dos Engenheiros, em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, organiza as II Jornadas de Informação Geográfica sob o título: ‘As Tecnologias de Informação Geográfica ao Serviço do Ordenamento do Território’.
Os temas em destaque serão os Sistemas de Informação Geográfica, a Cartografia Digital e sua homologação e o Ordenamento do Território. Pretende-se com estas jornadas contribuir para a divulgação da Informação Geográfica ao nível local, permitindo a troca de saberes e de experiências com características e necessidades diversificadas.
A participação, aberta a todos os interessados, é gratuita mediante inscrição obrigatória.
As inscrições encontram-se disponiveis no site da Ordem dos Engenheiros da Região Norte.
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sábado, 5 de junho de 2010

Arq. Gonçalo Ribeiro Telles "Em Nome da Terra"

um pequena amostra do programa

'A paisagem não é só a parte ecológica, física, até visual, é também a presença do Homem e a presença das gerações que a compreenderam, a entenderam e a foram modificando' Gonçalo Ribeiro Telles in "Em Nome da Terra"

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pegada Ecológica? O que é isso?


Já parou para pensar que a forma como vivemos deixa marcas no meio ambiente? É isso mesmo, a nossa caminhada pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”, que podem ser maiores ou menores, dependendo de como caminhamos. De certa forma, essas pegadas dizem muito sobre quem somos!

A partir das pegadas deixadas por animais na mata podemos conseguir muitas informações sobre eles: peso, tamanho, força, hábitos e inúmeros outros dados sobre seu modo de vida.

Com os seres humanos, acontece algo semelhante. Ao andarmos na praia, por exemplo, podemos criar diferentes tipos de rastros, conforme a maneira como caminhamos, o peso que temos, ou a força com que pisamos na areia.

Se não prestamos atenção no caminho, ou aceleramos demais o passo, nossas pegadas se tornam bem mais pesadas e visíveis. Porém, quando andamos num ritmo tranquilo e estamos mais atentos ao acto de caminhar, as nossas pegadas são suaves.

Assim é também a “Pegada Ecológica”. Quanto mais se acelera a nossa exploração do meio ambiente, maior se torna a marca que deixamos na Terra.

O uso excessivo de recursos naturais, o consumismo exagerado, a degradação ambiental e a grande quantidade de resíduos gerados são rastros deixados por uma humanidade que ainda se vê fora e distante da Natureza.

A Pegada Ecológica não é uma medida exacta e sim uma estimativa. Ela mostra-nos até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar os seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos.

Isto considerando que dividimos o espaço com outros seres vivos e que precisamos de cuidar da nossa e das próximas gerações. Afinal de contas, o nosso planeta é só um!

via: http://www.wwf.org.br

6.º Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima




No próximo dia 28 de Maio, pelas 16h30, terá lugar a cerimónia de inauguração do 6.º Festival Internacional de Jardins, presidida por Sua Excelência a Senhora Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Eng.ª Dulce Pássaro.

O tema do Festival deste ano, extremamente desafiante para todos os que concorreram, é o "Kaos no Jardim" e, celebrando esse caos, em distintas e vanguardistas formas de concepção, os 11 jardins seleccionados formam um conjunto inovador que irá certamente aguçar a curiosidade dos visitantes, interagir com os mais interessados e contribuir para novas percepções e entendimentos no que concerne às muitas formas de intervir nos espaços públicos.

Para a presente edição foram recebidas a concurso 77 propostas provenientes de 15 países: Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, França, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Itália, Portugal, República Checa, Rússia e Sérvia, tendo a selecção final recaído em projectos oriundos de Portugal (2), Áustria, Brasil, Espanha (2), França, Holanda, Irlanda, Itália e Sérvia, conjunto complementado pelo jardim seleccionado pelo público na edição anterior, originário da China, com o título Jardim Caleidoscópio.

Trata-se, sem qualquer dúvida, de um certame que já atingiu um nível de qualidade superior e que, para além do vanguardismo citado, apresenta um alto grau de criatividade e abordagens artísticas e conceptuais da mais elevada escala, como os títulos das intervenções, também eles arrojados, o demonstra: Blank Garden (Portugal), Dark Rift / Fenda Escura (França), The Garden of Global Warning / O Jardim do Aviso Global (Irlanda), At The Beginning There Was... / E no princípio houve... (Áustria), El Kaos del Universo / O Kaos do Universo (Espanha), Kaleidoscope Garden / Jardim Caleidoscópio (China), EarthQuake / Terramoto (Espanha), The Butterfly Experience / A Experiência Borboleta (Holanda), O Jardim das Incertezas (Brasil), So That Tomorrow Might Be Not Looking Like Today / Para Que Amanhã Possa Não Parecer Hoje (Itália), Butterfly Effect / Efeito Borboleta (Sérvia) e Kaos Suspenso (Portugal).

Integrado nos actos de inauguração, pelas 21h30, no Largo de Camões, terá lugar o espectáculo "Noites ao Luar - Serenata Monumental a Ponte de Lima", por Vitorino e Cantares de Coimbra.

via: http://www.cm-pontedelima.pt/noticia.php?id=477

Seminário 'Biodiversidade - Um Imperativo para a Vida no Planeta'


O Município de Ponte de Lima, em parceria com a Associação Portuguesa dos Criadores de Bovinos da Raça Galega/Minhota (APACRA) e o Centro de Informação Europe Direct de Entre Douro e Minho, irão organizar um Seminário intitulado "Biodiversidade - Um Imperativo para a Vida no Planeta".

Este Seminário detém como principais objectivos a criação de um espaço de reflexão sobre a problemática da perda de biodiversidade, que assume especial relevo no Ano Internacional da Biodiversidade, declarado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, assim como a divulgação de projectos de conservação da natureza e da biodiversidade, com especial enfoque para a Região Norte.
Nesse sentido, o Município tem o prazer de nos convidar para assistir ao Seminário, no próximo dia 29 de Maio, no Centro de Interpretação Ambiental da Área de Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos.
mais informações no sítio do Município de Ponte de Lima

terça-feira, 25 de maio de 2010

Congresso Internacional " PAISAGEM E TERRITÓRIO. Temáticas e políticas convergentes"

A Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP) vai levar a cabo o Congresso Internacional dedicado ao tema PAISAGEM E TERRITÓRIO. Temáticas e políticas convergentes, que terá lugar em Lisboa, no Museu Fundação Oriente, nos dias 4, 5 e 6 de Novembro de 2010.
Pretende-se um congresso que introduza os grandes temas da actualidade para uma discussão interdisciplinar e intersectorial alargada acerca das principais problemáticas do Território e da Paisagem em Portugal, com especial ênfase nos aspectos de política que merecem mais atenção em relação ao futuro da paisagem nacional.

No próximo mês será feito o 2º Anúncio em que serão divulgados os Keynote speakers, por cada um dos temas do programa, e serão abertas inscrições para apresentação de comunicações e de projectos de intervenção na paisagem.
via: email

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Arquitecto paisagista ou arquitecto paisagístico?

Segundo o Dicionário Verbo de Língua Portuguesa (2006) “paisagista” designa o “que representa ou descreve paisagens” e “o arquitecto que estuda e enquadra a paisagem nos conjuntos arquitectónicos, rurais ou urbanos”. Assim podemos falar de “arquitectura paisagista” e de “arquitectos paisagistas”.

Já o adjectivo “paisagístico” é definido, no mesmo dicionário, como o “que pertence ou se refere a paisagem, no seu aspecto natural ou no seu ordenamento urbano”. Assim, podemos falar de “área de interesse paisagístico” e de “planeamento paisagístico”.
via: blog